sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Melhor Amigo

Não existem palavras para demonstrar como tudo isto me custa, começam a pesar os dias. A tua falta é mais que sentida, não te ter por perto dói tanto, ter-te perdido assim dói ainda mais. Nos meus últimos textos tenho vindo a falar de dor, distância, erros, arrependimentos e segundas oportunidades, quando na verdade nada disso faz sentido quando não estás aqui a meu lado como sempre estiveste. Passaram quatro longos meses e sei que com estes mais virão e nada poderei fazer para que esta contagem pare. Sinto o meu mundo desabar cada dia com mais velocidade como que se fosse uma peça de dominó, um culminar de acontecimentos têm feito com que este processo avance cada vez mais depressa e nada posso fazer para o impedir, nada, sinto-me tão impotente.
As lágrimas vão caindo uma a uma, já não há mão que enxugue-as do meu rosto, as memórias todos os dias vão voltando e todos os nossos momentos mesmo que breves são revividos.
Perder alguém tão próximo, tão metade de nós e tão difícil de suportar. Não mereciamos isto, talvez a palavra mais correcta a utilizar é SAUDADES. Sei que quando te encontrar será para sempre.

Descansa em paz

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Distância

Criamos este muro em nosso redor, um muro inquebrável, pelo menos por enquanto. Criaste uma fortaleza em teu redor, já não sei como penetrá-la. A cada dia torna-se mais difícil continuar a lutar por algo que já nem sabemos se acreditamos realmente ou se estamos a tentar mostrar algo aos espectadores desta nossa história. Sinto-me cada vez mais confusa, os sentimentos que fluiam sem qualquer problema, hoje surgem com imensas questões. Segundas oportunidades devem ser dadas? Todos nós merecemos pelo menos uma, pois todos erramos, ó ser humano não foi concebido para ser perfeito, e a perfeição deste mesmo ser encontra-se tão distante. Quis uma segunda oportunidade e tu deste-ma, fiz tudo bem até ao dia...existe sempre um dia em que por mais pequeno que seja o erro, colocam-nos sobre um pesado julgamento. A última lágrima foi como um suspiro, mas as que se seguiram foram de uma tristeza enorme, de uma dor que não pode ser discrita. Não és um qualquer, nunca o foste e ainda hoje apesar desta muralha em nosso redor não és um qualquer. Falta o teu cheiro na minha roupa, o teu toque...ninguém disse que a distância era fácil e não fomos treinados para saber lidar com ela. A verdadeira questão é como ultrapassá-la e deixar que entre nessa tua muralha.
Continuo a não desistir e pretendo continuar a lutar.